A abertura oficial da exposição “Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak”, realizada nesta semana no Centro Cultural Banco da Amazônia, marcou um momento histórico para a cena cultural da região.
Depois de passar por São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza, impactando mais de 500 mil visitantes, a mostra finalmente chega ao território amazônico, onde suas imagens e narrativas encontram eco e reencontro com quem dá origem às histórias retratadas.
Uma noite memorável no Centro Cultural Banco da Amazônia
Entre os convidados estavam nomes fundamentais da cultura brasileira. Ailton Krenak, curador da exposição, ambientalista, ativista e uma das principais vozes do pensamento indígena contemporâneo, participou emocionado da abertura e destacou a importância simbólica de trazer as imagens de Nagakura à Amazônia.
Chegar com Nagakura aqui no espaço cultural do Banco da Amazônia realiza o propósito dessa exposição. […] Estou totalmente realizado com essa presença aqui no CCBA”, afirmou Krenak, que reforçou ainda o desejo de que a mostra siga viva, “recepcionando inclusive a meninada quando eles voltarem às aulas.
Também marcou presença Gabriela Moulin, diretora executiva do Instituto Tomie Ohtake, que celebrou a chegada da exposição ao Norte após um longo percurso nacional:
Ela chega a um estado amazônico e cumpre seu legado. Depois de 500 mil pessoas que já viram essa exposição pelo Brasil, finalmente estamos na Amazônia para interagir com novos públicos e também com os povos indígenas.
A noite contou ainda com a presença da curadora adjunta Liza Otsuka; da secretária de Cultura do Pará, Úrsula Vidal; e do presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa.
Memória viva: o impacto da exposição em quem foi retratado nela
Entre os momentos mais marcantes da abertura esteve a fala de Alex Acyxit Krikati, convidado indígena e um dos retratados na obra de Nagakura. Hoje adulto, ele revisitou a própria história ao se ver nas imagens captadas quando ainda tinha cerca de sete anos.

Visivelmente emocionado, Alex compartilhou:
Me sinto realizado vendo meu retrato guardado aqui hoje. Conhecer o Ailton Krenak, abraçar ele e cumprimentar ele foi um momento único. Estou sem palavras para descrever esse momento.
Sua presença reforça o coração da exposição: um diálogo vivo entre memória, território e os povos que sustentam a ancestralidade da Amazônia.
Belém celebra a chegada de uma grande mostra nacional
Para a Secretária de Cultura do Estado do Pará, Úrsula Vidal, a experiência da mostra vai além da contemplação, é um convite à imersão:
Essa exposição é linda, ela tem um caráter de epopeia com muitas imagens e textos incrivelmente poéticos. É daquelas exposições que a gente tem que vir três vezes. Parabéns ao Banco da Amazônia por mais esse presente a Belém.
O Centro Cultural Banco da Amazônia, que se consolida como um dos principais espaços de difusão das artes na Amazônia, reforça, com essa parceria, seu compromisso em promover narrativas sobre a região, seus povos e sua diversidade cultural.
Sobre a exposição
A mostra reúne 82 fotografias inéditas no Brasil, produzidas pelo fotógrafo japonês Hiromi Nagakura durante uma série de viagens realizadas pela Amazônia ao lado do escritor, ambientalista e líder indígena Ailton Krenak, entre 1993 e 1998.
Idealizada pelo Instituto Tomie Ohtake, a exposição chega pela primeira vez à Amazônia após circular por grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza.
Em Belém, ela ganha nova montagem, pensada especialmente para o Centro Cultural Banco da Amazônia, onde permanece em cartaz de 19 de dezembro de 2025 a 22 de fevereiro de 2026, com entrada gratuita.
“Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak” é uma realização do Instituto Tomie Ohtake, com patrocínio do Banco da Amazônia e do Governo Federal.
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