Transição energética foi o tema da programação do Banco da Amazônia no quinto dia de COP 30. Confira um resumo de tudo o que aconteceu:
Saneamento e transição energética
A primeira parte da programação foi um estudo de caso com o tema “Os investimentos em saneamento que transformam a realidade em diversas cidades na região amazônica”, inaugurando uma jornada de debates sobre o papel da Amazônia diante dos investimentos em infraestrutura sustentável e na nova economia da energia. A conversa teve como objetivo destacar os resultados, as oportunidades e os desafios dos projetos de saneamento, bem como tratar da descarbonização do setor energético, enfatizando o equilíbrio entre inovação tecnológica, inclusão social e conservação ambiental. O estudo de caso foi apresentado por Adriana Albanese, diretora de relações com investidores e sustentabilidade da Aegea, com mediação de Guilherme Henrique de Álvaro.
Na COP 30, deixamos um legado de desenvolvimento ao Estado do Pará, através da universalização do saneamento de Barcarena. Nós antecipamos todas as metas que deveríamos entregar em oito anos. Executamos todos os investimentos em 18 meses e hoje Barcarena é a primeira cidade 100% saneada do Pará. É muito importante o papel do Banco da Amazônia nesta universalização. O Banco da Amazônia foi o nosso parceiro, o nosso financiador, disse Adriana Albanese.
Mesa-redonda: Transição energética
A transição energética no Brasil avança com a ampliação das fontes renováveis e reduz a dependência de combustíveis fósseis. Esse movimento acelera a descarbonização da economia, diminuindo emissões e fortalecendo a segurança energética.
Na Amazônia, a expansão de soluções limpas — como energia solar fotovoltaica e sistemas híbridos — substitui termelétricas a diesel e reduz impactos ambientais. Com isso, impulsiona o desenvolvimento sustentável, melhora a qualidade de vida das comunidades e preserva o patrimônio ambiental da região. Além disso, a transição energética fortalece cadeias produtivas locais, promovendo inclusão socioeconômica e agregação de valor, contribuindo também para um novo modelo de desenvolvimento sustentável, alinhado à conservação ambiental e à bioeconomia amazônica. Estiveram presentes: Marcos Vinícius Pereira de Almeida, diretor-geral da Carboman; Flávio Carminatti, empresário e CEO da Juparanã; Wilson Ferreira Júnior, presidente independente do Conselho de Administração da Matrix Energia; e Marcello Carvalho, CFO da ENEVA; com mediação de Nélio Gusmão, gerente executivo de análise e acompanhamento de projetos corporate do Banco da Amazônia.
O Banco já financiou mais de 100 megawatts-hora para nós, é um financiamento de mais de 100 milhões de reais e nós estamos criando os exemplos necessários para que essa aplicação seja feita diretamente pela Matrix no cliente. Então o cliente não paga pelo investimento, nós é que fazemos investimento, disse Wilson Ferreira.
Nós temos uma relação com o Banco da Amazônia desde 2019. O Banco foi um grande apoiador no desenvolvimento dos projetos da companhia na Região Norte, sempre muito presente e muito participante para viabilizar o desenvolvimento desses projetos de tamanho importância para a região. São projetos que trazem segurança energética, redução de custos e desenvolvimento econômico, afirmou Marcello Carvalho.
Energia limpa e competitiva
A programação seguiu com um debate sobre a competitividade e o futuro do setor de energia elétrica no Brasil. A transição energética no país avança em ritmo acelerado, impulsionada pela expansão das fontes renováveis, como solar, eólica e hidráulica, e pela modernização da infraestrutura elétrica. Esse movimento fortalece a segurança energética, reduz custos de longo prazo e posiciona o país como protagonista na agenda global de descarbonização. A conversa foi medida por Luana Gaspar, head de descarbonização da PSR, com participação de: Cristina Garambone, representante da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE); William de Almeida Pereira, CEO da Siemens Smart Infrastructure (Siemens BR); e Daniele Salomão, vice-presidente da Energisa.
Eu falei aqui sobre a coalizão do setor elétrico, que é um grupo de empresas e de associações do setor elétrico, da geração, da distribuição e do futuro de energia elétrica. E uma das coisas que a gente mais convergiu nesse tema é que, primeiro, o Brasil já tem uma penetração de 99,8% na população atendida pela energia elétrica e 90% de fontes renováveis, mas a transição só vai ser justa se ela for boa para todos. Então a conta de luz também precisa ser mais barata, precisa ser mais acessível e para isso a gente defende entre outras coisas que diminua o número de subsídios na conta de luz diminua, disse Cristina Garambone.
Essa coalizão foi um pedido do embaixador da COP 30, André Corrêa do Lago, para o setor dar a sua contribuição sobre a transição energética. O setor já é muito renovável, mas o objetivo é se manter renovável daqui para frente e descarbonizar, reduzir as emissões dos outros setores, contou Luana Gaspar.
Projetos de infraestrutura na Amazônia e os benefícios sociais
Um estudo de caso com o tema “Projetos de infraestrutura na Amazônia e os benefícios sociais” integrou a programação do Banco da Amazônia na COP 30. Durante a palestra, foi abordado como os benefícios sociais que os investimentos de infraestrutura proporcionam às comunidades onde são implantados, pois ampliam o acesso a serviços essenciais como saúde, educação e inclusão. A melhoria adequada na infraestrutura promove qualidade de vida, bem-estar social e desenvolvimento sustentável para a população amazônida. Estiveram presentes: David Alegre, diretor de finanças corporativas da Axial Energia (Eletrobras); e Marcello Carvalho, CFO da ENEVA; com mediação de Nélio Gusmão, gerente executivo de análise e acompanhamento de projetos corporate do Banco da Amazônia.
A ENBPar e o seu papel na transição energética justa e inclusiva
O quinto momento do dia abordou as ações da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) voltadas ao desenvolvimento sustentável. Constituída em 2022, com o objetivo de manter sob o controle da União a operação de usinas nucleares e outras funções atribuídas à Eletrobras antes de sua privatização, a ENBPar tem sob seu controle a Indústrias Nucleares do Brasil (INB), que atua no “ciclo do combustível nuclear”, que inclui a mineração, o beneficiamento, o enriquecimento do urânio e a fabricação do combustível que abastece as usinas da Eletronuclear. A ENBPar também é responsável pela gestão de políticas públicas como o Programa Luz para Todos, de universalização da oferta de energia elétrica, os contratos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) e as ações do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). Estiveram presentes: Juliana Godoy Tadeu, superintendente de gestão do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel); e Arthur Pereira dos Santos, chefe de Assessoria do Programa Luz para Todos na ENBPar, com mediação de Alef Henrique – profissional com destaque e experiência na análise e gestão de processos relacionados à políticas públicas e regulatórias do setor energético.
Diretor de crédito no painel Financiamento verde e políticas econômicas para o transporte sustentável
O diretor de crédito do Banco da Amazônia, Roberto Schwartz, participou do painel “Financiamento verde e políticas econômicas para o transporte sustentável”, que foi realizado no Pavilhão Brasil da Green Zone. A conversa reuniu lideranças multissetoriais para discutir mecanismos de financiamento climático e investimentos sustentáveis no transporte, com ênfase em políticas e instrumentos financeiros que incentivam iniciativas de baixo carbono. Outros temas abordados foram instrumentos financeiros capazes de apoiar empresas de transporte no acesso a linhas de crédito, debêntures, green bonds, títulos soberanos, formas de acesso a crédito e títulos verdes e a cooperação entre governos, bancos e setor privado.
Ver essa foto no Instagram
Programação do dia 15 de novembro
A agenda do dia 15 de novembro terá como tema “Infraestrutura verde: o papel da infraestrutura sustentável como alicerce da nova economia amazônica”. Confira as atividades:
10h — Palestra: Os desafios e oportunidades para o setor de logística na Amazônia brasileira pós COP 30
11h — Mesa-redonda: Logística verde e sua contribuição para uma Amazônia sustentável
14h — Palestra: Os principais Investimentos em infraestrutura e logística para o desenvolvimento do Estado do Pará
15h — Futuro da energia: inovação e desafios da transição no Brasil
17h — Encerramento: Mesa-redonda sobre as oportunidades de crédito para infraestrutura verde na Amazônia
Não perca nenhum conteúdo
Quer ficar por dentro de tudo o que acontece durante a COP 30? Siga o Banco da Amazônia no Instagram (@bancoamazonia), no Facebook (@bancoamazonia) e no Youtube (@bancoamazonia).












