Quando o baiano Júlio Gomes decidiu arriscar tudo e seguir para o Acre, há quase cinquenta anos, não imaginava que aquela terra lhe daria tantos frutos.
Hoje, aos 74 anos, Júlio vive na Colônia São Sebastião, em Brasiléia (AC), onde transformou sua propriedade em um mosaico de culturas: café, milho, seringa e gado. Essa transformação tem um parceiro central: o Banco da Amazônia.
É essa história que conheceremos no 5º episódio da websérie “A vida da Amazônia começa em você”.
Um recomeço entre a Amazônia brasileira e a boliviana
Movido pelo sonho de ter sua própria terra, Júlio seguiu o conselho de amigos e embarcou rumo a Brasileia, cidade no Acre que faz fronteira com a Bolívia.
Quando chegou lá, Júlio tinha apenas o sonho e a disposição. Foram anos de economia e persistência até conquistar os primeiros 15 hectares na Colônia São Sebastião. A partir dali, cada safra marcou uma etapa da sua independência.
O caminho foi longo, mas a virada veio nos anos 80, quando conheceu o Banco da Amazônia.
Quando o financiamento se torna projeto real
Com mais de 40 anos de parceria com o Banco da Amazônia, Júlio viu sua produção crescer com apoio de soluções como FNO Rural e Custeio Agrícola.
Foi assim que chegaram o trator, o secador, a grade, os equipamentos de irrigação e até novos hectares de terra. Ferramentas que mudaram o trabalho no campo e também o rumo de sua família. Com o crédito, agora ele pode esperar a melhor época de vender sua safra:
Às vezes a gente plantava por conta da gente. Quando chegava na época, tinha que vender bem baratinho. Aí depois aconteceu de sair o Custeio […] melhorou, porque você pega o seu produto e não é obrigado a vender pelo preço que está. – Júlio Gomes
Hoje, em 2025, Júlio administra uma área que já ultrapassa 250 hectares, dividida entre café, milho, seringa, criação de gado e áreas de preservação.
Café: a nova economia que está movendo o Acre
A propriedade de Júlio é mais do que uma referência local: é um retrato do novo ciclo do café acreano, que vive um dos períodos mais promissores da sua história.
Em apenas sete anos, o estado registrou crescimento de 146% no Valor Bruto da Produção (VBP) do café, segundo a SEAGRI-AC. Muito desse avanço vem justamente de produtores familiares que apostam em manejo sustentável e tecnologia acessível.
No Acre, o café encontra lugar fértil para esse movimento:
- Clima e solo ideais para espécies como o Robusta Amazônico
- Pequenas áreas altamente produtivas, graças ao manejo integrado
- Técnicas sem desmatamento, alinhadas ao respeito à floresta
- Agricultura familiar forte, capaz de gerar renda local e bioeconomia
Confira essa história completa
A trajetória de Júlio mostra que o desenvolvimento sustentável surge das mãos de agricultores que conhecem o tempo da terra e a importância de preservá-la.
Com apoio, histórias como a dele se multiplicam, fortalecendo a bioeconomia amazônica e ampliando oportunidades para toda a região.
A jornada de Júlio é retratada em “Júlio e o Rio”, o 5º episódio da série A vida da Amazônia começa em você. Disponível em: http://youtube.com/bancoamazonia








